Poesia

Poesia
Os sons que vem do coração

quinta-feira, 24 de março de 2011

Poemas de minha autoria



Amizades que ficam e outras que vão

Na aurora da vida
Surge uma ofegante luz
Que se define amizade vinda
Unidos dois corações que se conduz

Brincadeiras e momentos
Que um amor único produz
Nasce e cresce um sentimento
Que um ao outro uma vida reluz
 
Dividem coisas junto e atento
Em todo lugar estão presente
Seja na alegria e na tristeza e em alimento
Compartilha todo o eternamente

Mas logo vai passando o dia
Alguém irá ficar ausente
Ao som do meio dia
Diminui uma alegria
Um dos dois entende
E o outro precisa aceitar que não é para sempre
Aquela presença constante logo acabaria
Revelando no entardecer a separação uma triste agonia
Em se ver que ganhamos amigos de dia e na tarde perder
Sabe-se que não algo pequeno é grande é magia
 
Percebe-se que pelas dificuldades da vida
Oportunidades a ter outros amigos
Experiência nova viver
A eles devemos conceder

Foi-se uma luz tão brilhante
Substituídas pela escuridão a luz da lua
Assim como a ausência pela amizade reluzente
Vem-se com ela brigas cobranças e intrigas minhas e tua
Com ela dores que vão e que vem
Feridas que se abrem e coração que se parte também
Cicatriza com desculpas e com perdão
Porém vindas com marcas profundas mais que além
Não esquecidas de muita decepção


A espera de mudanças e renovação
Com expectativas para um novo dia
Adaptando-nos aos novos momentos
Novos relacionamentos
Aos novos e velhos amigos ao reconhecimento
Que mesmo distantes ou presente sem querer se vão
Deixando tão ausente o espaço reservado no coração
Daquele que sente
Daquele que fica a espera do amigo que se foi, mas se vive eternamente.


Pesadelo perfeito

Nos meus sonhos mais profundos
Uma tristeza me envolvia
Os pássaros não mais cantavam
A natureza não mais sorria



Desisti da vida desisti do mundo
Cansei-me de sorrir só doía
Parei de cantar só gemia
Agora nada tinha nem escutavam
 

Todavia felicidades murchavam
Era uma agonia destorcida e eleita
No leito a espera da aurora se contorcia
 
Olhos lacrimejavam
A espera do raiar do dia
Um pesadelo perfeito
Que só aos sonhos pertencia.



Tua ausência

Ainda não me habituei
Com a distância de ti tão longa
O tempo nos separa
A natureza está contra
O encontro logo mais se afasta
E nos deixa mais longe arrasta
Quero ficar com você
Todo o tempo
O sempre que não se acaba
Deixa-me está perto de dentro
Nesse coração que arrasa
Oh natureza que amo
Sustenta meu ser
Mas não me deixa ver
A quem tanto desejo e mais amo

Ainda não me acostumei
Tua ausência me entristece
Felicidade faz distantes laços
Solidão traz consigo em pedaços
A falta do amor que me enlouquece.


Distantes
Infinito tempo

Não pára
Dia tão longo
Logo se passa
Desejo de estar junto
E junto ficar
Estando tão perto
Longe estar
Pensamento fixo
Coração bate forte
Comunica-se no olhar
Desabrocha sentimentos
Lembranças de momentos
Vontade de amar
Enamorados corações
Bem além do querer
Mais que as paixões
Amor que insiste em crescer
Horas tão distantes
Separa em se temer
Longos instantes
Veem-se perder
Desejo de se aproximar
Beijo abraço envolver
Imaginação gruda todo ser
Constante desejo de se dar
Louca vontade se apagar
Circunstância no momento
Nada se pode fazer
Acaba logo esse tormento
Distancia no entardecer
Vem-se finalizar
E deixa-me ficar com você.

Lembranças ocultas

Estive tão longe de casa
Pés fora do chão
Tão perto de tudo
O tudo que entristece e da asa
E chorei gritei de dor em brasa


Oh dor de dentro
Lá do fundo do coração
Um vazio o preencheu
Não quis entender
Mais uma vez pereceu


Insistia em ficar
Com esperança de mudar
Mas tudo como era permaneceu
Então tive vontade de voltar


Retornar para onde nasceu
Nunca esteve e viveu toda vida nesse lugar
Onde não quer mais sair e nunca esqueceu
Porém conhecer o mundo não foi mais forte que ele amar
Lembranças ocultas de onde cresceu, morreu
E torna desabrochar!


Apavorada

Um amor adormecido
Talvez não fosse amor
Mas surgiu algo num beijo
Numa noite de verão (primavera)
Falar tão bonito
Juntinho ao ouvido
Chamas entorpecidas
Nascidas de uma esfera

Amor que desprovido
Explode sem gemido
Tão perfeito
Silenciar temido
Por fora eleito
Dentro banido

Aos poucos se aproxima
Como o luar de outrora
Tempo apressado domina
Amor que apavora
E fascina

Soavam palavras bonitas
De um querer euforia
Letras no coração reconhecidas
Cada escuta agonia

Ergue-se escudo
Apedrejar o temido
Um rosto surdo mudo
De ter medo íntimo
O futuro em escuro

Apavorada
Coração rejeitava
Teu amor oferendo
Sempre negava
Mesmo querendo

E sem querer
Desprezei-te
Não importa o que diga
Sei o quando te magoei
Mas tudo se foi
Definir o amor
Não dá
O coração não é dois
E sozinho não dá pra amar.


Um dia tão só

Solidão persistente
Segui-me
Terrivelmente
Talvez a ela seja atraente
Pelo menos assim
Não estou só

Abro a enorme janela do quarto
Não tem paisagem convincente
A porta mal fecha
Ao menos só não posso ficar com ela
O barulho da vida nos cerca

Talvez não seja digna de está só
De está ao lado dela
A cada passo que dou sou tomado por festa
Muitas pessoas que me amam
Oh Deus sou grato
Apenas desabafo uma dor
Um dia de ausência

Uma distancia de quem possa amar-me
Ou amar-vos-ei
Renuncio a ela que me cerca
Mesmo sem perceber lá está ela
Sinto-me triste horrível indigna
Um dia ter alguém
Ser alguém
Quem?

Um dia tão só
Dia tão longo
Tão distante
Disperso e lento
Cheio de riscos de medo
Repleto de desencanto
Ilusão em pensamento
Em cada passo um tormento
Será em ser só
De solidão e ser pra sempre
Ou apenas um dia com proposta de vida
Oportunidade de outro raiar de aurora
Para fazer tudo diferente
Para Amar
E que seja eternamente.


Perdida

Nas mãos
Machas de sangue meu
Passadas no peito
Rasgando a pele
Transpassando o coração
Dilacerando e espedaçado
Das chamas da paixão

Surdas escolhas
Sangrentas feridas abertas
Mudas palavras
Mastigadas dores de amor
Amantes em luto
Angústia e pranto
Gritos sem sons e tristes

Amargurado ser
Membros em cores
Vermelho favorito
De espinhos e cravos
O seio repleto de ardor
Longe de ser o que era e foi
Distante de ser
Por ventura eu
Ou um dia de te ter

Talvez seja como for
Seja inveja de outros
Hipocrisia do amor
Melancolia
Profunda reflexão
Pensamento de outrora
Pura e pureza frustação
Esmagada ao por
Da terrível sensação
De ficar só
Perdida num mar de ilusão.



Um sonho apenas

Sonhei com um beijo no rosto
Suavemente dado
As mãos na nuca entrelaçado                                  
A dois um gosto

Um cheiro doce
De uma pele morena
Que me trouxe
No ar como pena

Nos lábios o sabor
Desceram na face para o outro
Encontro carnudo sem dor
Com mais um beijo devolvo

Couberam nos braços
Como um homem grego de Atenas
Fazendo um formoso laço
Deixando-me dentro pequena

Parei e pensei
É tão divino e perfeito
Que não tem jeito
Podem ser lembranças que achei

Pois tudo na vida tem preço
Um amor que apenas doei
As regras de utopia pelo avesso
Cá dentro de apenas um sonho que sonhei.




sábado, 15 de janeiro de 2011

História do Meu Segundo Amor (poema)

"Os Amores de nossas vidas, vem e vão, mas quando se é verdadeiro é eternizado no coração. Seja como for, tudo um dia se tornam apenas lembranças que jamais irão,  despertadas a cada parar de pensamentos no Horizonte, no sol, na lua e em amores que o tempo levou, se foi e jamais voltarão.  Assim como seja, como queira, como esteja, o importante é amar. Ame constantemente, sem rodeios, sem culpas, sem pudor, amar, amar, simplesmente o Amor!"

Meu segundo Amor

Em meados do ano de 2002
Meus olhos te viram pela primeira vez
E desde então todos os domingos no fim de tarde
O barulho da água ao lavar o carro
Anunciava sua presença ou chegada

Então ele me olhava
Assim como eu também estava
Na varanda de casa
Uma paquera de amor inocente
Assim brotava

Desses olhares
Quando ia a Escola
E fim de tarde aos domingos
Passaram para uma primeira conversa
Na estrelada noite da calçada

O coração acelerava
A cada passo
Que em direção a mim ele dava

Então nossa amizade
Foi ficando acerca de uma calçada
Trocávamos confissões angustias alegrias e tristezas
Cada vez e dia mais intensa
E ameaçada
Por um antigo amor
E algumas queixas

Pois ele queria mais
O além do amigo leal
Porque estava certo mesmo que negasse
Nós nos gostávamos sem igual

Então numa noite mágica do mês de outubro
Dia vinte e oito de 2002
Ao assistir um filme em sua casa
Eu e uma Prima com ele estávamos
Em sua distração
Um beijo então ele me pedira

Talvez não fosse boa nisso
Mas com ele
Em seus braços
Em seus lábios
Aos meus tocavam
Como se já soubesse cada passo

Meus braços tremiam
Minha perna bamba já não sentia
Meu coração em batidas únicas
Era só o que eu ouvia
Onde em outro mundo o meu ser agora pertencia

Depois desse beijo a nossa casa retornaria
E eu pensaria
Agora vou dizer sim
Mostrar que é de você que gosto

E assim aconteceu
Ele se tornou meu
O meu primeiro namorado
Mesmo às escondidas

Foi tudo tão lindo
Inocente e Amor intenso
Tudo parecia eterno e único
Fazíamos planos juntos
Sonhávamos juntos
Queríamos realizar

Mas o destino tinha nos reservado
Novos rumos
E depois de vários meses
De um amor perfeito
Começou a mudar tudo de um jeito

Minha família descobrira
Não aceitava
Por sermos jovens
E não o suficiente maduro
Para uma relação

Tudo ficou desgastado
Onde senti o lado avesso de uma relação
Muitos desentendimentos e brigas
E logo mais em seguida
Em meados do ano de 2003
O fim do nosso amor
Tão lindo e perfeito
E tudo se foi
Num simples Adeus

Sofri
Sofremos juntos também
Mas ele não era mais meu
Assim como a ele eu não mais pertencia

A outros amores
Fomos expostos
Porém nem um como nosso
Sincero e honesto

Hoje não sei onde está
Nem onde mora
Com quem mora
Nem sei mais quem ele é

Apenas quero e desejo de todo coração
Que saibas que tudo foi verdadeiro
Intenso amor
Onde tudo dito e vivido ao seu lado
Foi sempre eterno e com ardor
Eu te amei muito
Assim como em meu coração ainda lembra
E te deseja toda felicidade do mundo
Onde quer que esteja
Meu segundo amor
Que um dia tão perto me fez Feliz
E agora tão longe e talvez perdido
Não se perca
Pois há quem te Ama e deseja
Que Deus sempre ao seu lado esteja
E que Feliz também seja...

Meu segundo Amor... (A.T.)